Viagem ao Centro da
Terra, publicado em 1884, por Júlio Verne, é um marco da literatura de ficção
científica. Nele, o Prof. Lindenbrok e seu sobrinho Axel chegam ao centro do planeta
pela cratera de um vulcão.
A teoria da Terra Oca, defendida
séculos atrás por estudiosos, mas hoje refutada pela Ciência, está presente
como mito em diferentes culturas. Segundo vários textos facilmente encontráveis
na internet, o povo indígena Macuxi é um deles.
Os Macuxi teriam sido os
guardiões do submundo, até serem punidos pelos gigantes do interior da Terra: aqueles
não teriam conseguido evitar que os exploradores europeus invadissem as
cavernas da Amazônia em busca de ouro e diamantes, no começo do século XX.
Nas entranhas da Terra,
segundo esses relatos, além dos gigantes, haveria lanternas, pedras e riachos
de ebulição, árvores, frutas e peixes gigantes. Para chegar lá, era preciso caminhar
durante semanas, além de ser possível flutuar pelo caminho.
Viagem ao Centro da Terra,
de Júlio Verne, não retrata nada disso. Mas tem oceano, ilha e nuvens subterrâneos,
além de dinossauros, outros animais pré-históricos e homens das cavernas. Provavelmente,
o autor não teve contato com histórias Macuxi, restritas à tradição oral. Nem por
isso deixa de ser um excelente livro. Não à toa entrou para a história da
literatura mundial.
VERNE, Júlio. Viagem ao centro da terra. São Paulo: Martin Claret, 2004.
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