quinta-feira, 26 de janeiro de 2023

Biografia - Aldenor Pimentel

Biografia resumida

Natural de Boa Vista (RR), Aldenor Pimentel é jornalista, escritor, cineasta, dramaturgo, militante, gestor e produtor cultural. É autor das obras Deus para Presidência (2015), Livrinho da Silva (2017), A inacreditável história do milho gigante (2019, 2022), O jogo da democracia (2021) e Eldorado de Brisa (2021). Recebeu mais de 70 prêmios em concursos literários nacionais e internacionais. O livro infantojuvenil “O jogo da democracia” compõe o conteúdo programático do Vestibular UFRR 2024 e 2025. Desde 2016, organiza o Concurso Literário Internacional Palavradeiros. Sua produção literária tem sido objeto de pesquisas acadêmicas em Roraima e outros Estados. Em 2024, foi eleito para a Academia Roraimense de Letras.

No audiovisual, atuou como diretor, roteirista e produtor de cerca de 20 filmes ficcionais, documentais e de animação desde 2006. Tem produções selecionadas para exibição e premiadas em festivais de cinema nacionais e internacionais e veiculadas em rede nacional de TV. Seu filme de animação “A inacreditável história do milho gigante” foi selecionado para exibição em 30 festivais de cinema e venceu sete prêmios nacionais e internacionais, além de ter entrado em 2023 para o catálogo das plataformas de streaming Itaú Cultural Play e SP Cine Play.

Biografia ampliada

Aldenor Pimentel nasceu em Boa Vista (RR) em 1984. Aprendeu a ler com cerca de seis anos de idade. A lembrança mais antiga que tem dele próprio escrevendo textos literários é por volta dos nove anos, quando, como exercício em sala de aula, criou uma quadra, poema de quatro versos (linhas), sobre o meio ambiente.

Desde pequeno gostava de ler. Além dos poucos gibis e livros de histórias que sua família tinha condições financeiras de lhe oferecer, lia obras literárias na biblioteca da Escola Estadual Barão de Parima, onde estudou quando criança. Os livros que marcaram sua infância foram os da coleção Ajuri, da escritora roraimense Cecy Lya Brasil, que narram histórias indígenas de Roraima, como Cruviana, Canaimé e Macunaima.

Ganhou o primeiro prêmio literário da vida por volta dos doze anos: em um concurso de poemas sobre meio ambiente, na então Escola Técnica Federal de Roraima, hoje Instituto Federal de Roraima (IFRR), onde fez o Ensino Fundamental e Médio. Foi finalista do prêmio por dois anos seguidos, alcançando o terceiro e o segundo lugar, respectivamente.

Logo depois, ficou em terceiro lugar na categoria Infantil do Concurso de Contos Contados, realizado pelo Governo de Roraima, cuja apresentação final foi no Teatro Carlos Gomes.

Na época, recebeu muito incentivo em sala de aula para ler e escrever textos literários, principalmente por parte da professora de Língua Portuguesa Eliane Araújo.

Na adolescência, estudou violão na Escola de Música de Roraima. No mesmo período, criou poemas e músicas, os quais escrevia à mão em um caderno escolar ou na máquina datilográfica do pai.

Formou-se em Comunicação Social, com Habilitação em Jornalismo, na Universidade Federal de Roraima (UFRR), em 2008. No período, fez parte do coletivo Jornalesmas, formado por estudantes de Comunicação Social da UFRR, que mantinha um blog sobre o mundo universitário e jornalístico, cujos textos, somente depois, o autor perceberia serem crônicas.

Na mesma época, participou, com um poema, um conto e uma crônica, de três edições da coletânea literária Retalhos, organizada pelo escritor Aroldo Pinheiro, entre 2007 e 2010.

Aprovado em concurso público da UFRR, em 2008, para o cargo de jornalista, criou e dirigiu na TV Universitária programas com foco educativo-cultural, entre os quais Cinema Livre e Curta Cinema. Atuou na Rádio Universitária e na TV Universitária até 2020, onde desempenhou as funções de repórter, produtor, apresentador e diretor interino do Núcleo de Rádio e TV Universitário (NRTU), atual Rádio e TV Universitária (RTV). Em 2022, foi diretor da Editora da UFRR, onde é lotado atualmente como técnico-administrativo e coordenou os projetos de extensão “EdUFRR pela Cultura”,  “EdUFRR: organização da cadeia de difusão do conhecimento cientifico, artístico e cultural derivado da inteligência local” e “Literatura de Circunstâncias”, concurso que teve como resultado a publicação de livros literários.

Na área audiovisual, atuou como diretor, roteirista e produtor de mais de dez filmes de animação, ficcionais e documentais desde 2006. Suas obras audiovisuais mais importantes até o momento são os documentários Mídias e grades (2008), Índios na cidade, vidas em travessia (2014) e Cristino Wapichana (2021), o videoarte Não há vagas para nós (2017) e a animação A inacreditável história do milho gigante (2021), nas quais atuou como diretor, entre outras funções.

Mídias e grades venceu em 2008 a etapa regional Norte e foi finalista da etapa nacional do XVI Prêmio Expocom 2009 (Exposição da Pesquisa Experimental em Comunicação), na modalidade Documentário em vídeo, categoria Jornalismo, realizado dentro do XXXII Congresso Brasileiro de Ciências da Comunicação, pela Sociedade Brasileira de Estudos Interdisciplinares da Comunicação (Intercom). O documentário foi ainda selecionado para a I Mostra de Cinema Universitário, promovida pela Universidade Federal de Roraima.

Índios na cidade, vidas em travessia foi exibido na TV Brasil em 19 de abril de 2014, Dia do Índio, e selecionado para o V Festival de Cinema Curta Amazônia (2014), a I Mostra de Cinema Universidade Anhembi Morumbi (2014) e o II Festival O Cubo de Cinema (2015).

Não Há Vagas Para Nós foi exibido na II Mostra de Cinema Saberes Amazônicos (2017) e no XII Festival Audiovisual Comunicurtas UEPB (2017).

O documentário Cristino Wapichana foi selecionado para o 16º Festival Taguatinga de Cinema, do Distrito Federal, a 2ª Mostra Internacional Audiovisual [em]curtas – Mostra Variações em Sessões 2021, de Uberlândia (MG), o Prêmio One Earth, da Índia, o Festival de Cinema Latino e Nativo Americano, dos Estados Unidos, e o Festival The Paus Premieres, da Inglaterra.

O projeto do filme A inacreditável história do milho gigante foi selecionado para receber recursos da Lei Aldir Blanc, do Governo Federal, por meio do Edital N. 002/2020 – Prêmio Laucides Oliveira de Audiovisual, Lote 3 (Seleção e premiação de projetos de curta-metragem de animação), da Secretaria de Estado da Cultura (Secult-RR).

Lançada em 2021, a animação recebeu até agora sete prêmios, sendo quatro brasileiros e três estrangeiros. Todos os prêmios internacionais do filme de animação foram em festivais da Índia. O filme foi ainda exibido ou selecionado para exibição em 30 festivais nacionais e internacionais, sendo 19 no Brasil e 11 no exterior, com exibição em todas as regiões do País e todos os continentes do mundo, exceto Oceania.

As exibições foram em países como Estados Unidos, Inglaterra, Croácia, Índia, Chile, Colômbia, Indonésia e Nigéria, bem como exibições on-line. No Brasil, o filme exibido em Estados como São Paulo, Rio de Janeiro, Paraíba, Piauí, Goiás, Santa Catarina, Maranhão, Pará, Rondônia e Amapá. Em Roraima, foi exibido em Boa Vista, Cantá e Amajari (Tepequém).

Aldenor Pimentel começou a se dedicar profissionalmente à carreira de escritor em 2012, quando passou a criar, de forma sistemática, poemas, crônicas e contos e a inscrevê-los em concursos de literatura, recebendo no ano seguinte os primeiros prêmios literários da vida adulta.

Até o momento, ganhou cerca de 70 prêmios em concursos literários nacionais e internacionais, com destaque para o primeiro lugar no 5º Prêmio Literário Sérgio Farina, categoria Prata da Casa, da Prefeitura de São Leopoldo (RS), e no Edital – Microcontos, da Editora Persona, e o segundo lugar no 1º Concurso Literário Internacional “Escritores Malditos”, da Editora Illuminare.

Em 2017, seu poema Sem Razão fez parte da exposição Poesia Agora, na Caixa Cultural Rio de Janeiro.

Entre 2018 e 2024, foi contratado pelo Sesc Roraima para atuar como escritor, entre outras funções, em atividades como Sesc Literatura em Cena, Festival Literário de Roraima e Semana Literária.

Em 2021 e 2023, foi selecionado em editais culturais da Prefeitura de Boa Vista e do Governo de Roraima: Festival Live do Bem (Edital Público N. 003/2020 – Edital de Credenciamento de Propostas para Realização de Atividades Artísticas Culturais de Conteúdo Virtual), da Fundação de Educação, Turismo, Esporte e Cultura (FETEC), com o projeto Prosa com Aldenor Pimentel; Edital #culturaemcasa (Edital N. 001/2020 - Credenciamento de Artistas e “Fazedores de Cultura”), da Secult; Edital N. 006 – Prêmio Dorval de Magalhães de Literatura, também da Secult, com o projeto de livro infantojuvenil O jogo da democracia, obra lançada em 2021; Edital Público N. 001/2021 de Credenciamento do Segmento Cultural para Apresentações Virtuais “Festival Boa Vista Live” e Edital Prêmio 006/2023 - Modalidade: Audiovisual - Edital de Premiação para Agentes Culturais com Recursos da Lei Complementar Nº 195/2022 (Lei Paulo Gustavo)", ambos da FETEC, com os projetos "Meia Hora de Prosa com Aldenor Pimentel" e "Fuga em Boa Vista", respectivamente.


Até o momento, publicou sete obras literárias: Deus para Presidência (conto, 2015), Livrinho da Silva (antologia de contos, 2017), A inacreditável história do milho gigante (cordel, 2019), O jogo da democracia (livro infantojuvenil 2021), Eldorado de Brisa (romance, 2021), A inacreditável história do milho gigante (livro infantil, 2022) e Cordelistas de Roraima (cordel, 2023).

Fez lançamento de suas obras literárias em Boa Vista, Rorainópolis, Manaus, São Paulo, São Leopoldo (RS), Brasília, Catalão (GO), Rio de Janeiro, São Luís e Imperatriz (MA).

Seu projeto de romance Eldorado de Brisa foi selecionado no Edital N. 07/2017 – Incentivo e Fomento a Literatura, da Secretaria de Estado da Cultura. O livro foi publicado em 2021 e lançado na Bienal Internacional do Livro de São Paulo em 2022.

O livro infantojuvenil “O jogo da democracia” compõe o conteúdo programático do Vestibular UFRR 2024 e 2025. 

Aldenor Pimentel tem ainda contos, poemas e crônicas publicados nas revistas Somos Amazônia, Pacheco, Farol Fantástico, Desenredos, Benfazeja, Philos, Gente de Palavra, Semeadura, LiteraLivre, Motus e Marinatambalo.

Em 2024, foi eleito para a cadeira n. 7 da Academia Roraimense de Letras.

Mantém os blogs O Estado da Arte de Aldenor Pimentel (artedealdenorpimentel.blogspot.com) e ArteLeituras (arteleituras.blogspot.com). No primeiro, publica suas produções artísticas. No segundo, posta textos sobre cultura em geral, com foco em literatura de Roraima, como resenhas, entrevistas com escritores, links para blogs literários e livros digitais e um levantamento com informações sobre mais de 350 livros ficcionais de Roraima publicados desde a década de 1970.

Como militante da área da cultura desde 2015, fundou os coletivos Galera da Prosa e Rede Audiovisual de Roraima, além de atuar no coletivo Reagentes Culturais e participar de ações de proposição e construção de políticas públicas de cultura em Roraima e em nível nacional.

Entre 2015 e 2016, representando o Conselho Estadual de Cultura, foi membro do Grupo Técnico de Avaliação de Projetos (GTAP) da Secult, que avalia projetos submetidos à Lei Estadual de Incentivo à Cultura. De 2016 a 2018, foi titular do Colegiado Setorial de Literatura, Livro e Leitura do Conselho Nacional de Política Cultural (CNPC), órgão ligado ao então Ministério da Cultura.

Em 2016, foi homenageado pelo Espaço Cultural Harmonia e Ritmo, que batizou com o nome do escritor o Espaço de Leitura e Pesquisa em Artes. Desde quando foi convidado a gerir o Espaço de Leitura e Pesquisa em Artes Aldenor Pimentel, organizou a publicação de livros e coordenou lançamentos de obras literárias e saraus, além dos projetos Festival Literário Harmonia e Ritmo, Concurso Literário Palavradeiros, Amigo Oculto do Livro e Literatura a Caminho.

Aprovado no edital do programa Rumos Itaú Cultural 2017-2018, o projeto Literatura a Caminho realizou em 2019 encontros entre escritores de Roraima e alunos de Ensino Médio, de escolas públicas estaduais, e crianças de uma ONG, em Boa Vista e outros três municípios, além de doar livros ficcionais de Roraima e de outros autores a salas de leitura, bibliotecas escolares e estudantes.

Teve projeto do Espaço de Leitura e Pesquisa em Artes Aldenor Pimentel aprovado no edital Prêmio Pontos de Leitura 2023, do Ministério da Cultura.

Sua produção literária tem sido objeto de pesquisas acadêmicas, entre as quais os seguintes trabalhos: a monografia em História da Universidade Federal Fluminense (UFF), de Beatriz Loureiro Ferreira, Futebol e literatura: um possível diálogo para o ensino de história em sala de aula (1997-2021), de 2023; o artigo Aldenor Pimentel, da então estudante de Especialização em Língua Portuguesa e Literatura da Universidade Estadual de Roraima (UERR) Alcimar Falcão, apresentado no I Café com Letras: A Literatura em Roraima em Foco e na I Semana de Letras da UERR, ambos em 2018; e o artigo Contos de Aldenor Pimentel em Livrinho da Silva: o incentivo à literatura e a reflexão de leitores do 7º ano em uma escola de Rorainópolis-RR, de Angélica Reginatto Miorando, apresentado na XIII Jornada de Linguística e Filologia da Língua Portuguesa, da UERR, em 2018, e que resultou em monografia homônima do curso de Letras da UERR.

Além disso, foi selecionado em editais dos governos de Mato Grosso, Paraná, Mato Grosso do Sul e Espírito Santo para atuar como parecerista ou membro de comissão julgadora em editais de seleção de projetos de literatura e audiovisual.

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