sábado, 7 de maio de 2022

Filmes de filhos e netos de Roraima na Netflix e na Itaú Cultural Play

Confira filmes disponíveis na Netflix e na Itaú Cultural Play em que atuaram trabalhadores do cinema roraimense, Wapichana, Makuxi e Yanomami, nas funções de diretores, roteiristas, entre outras.

Na Netflix, a assinatura é paga. No Itaú Cultural Play, o acesso é gratuito.

Filme: A última floresta
Gênero: documentário
Ano: 2021
Duração: 1h16
Classificação indicativa: 14 anos (violência, conteúdo sexual, drogas lícitas)
Direção: Luiz Bolognesi
Roteiro: Davi Kopenawa, Luiz Bolognesi
Elenco: Davi Kopenawa, Ehuana Yaira Yanamamo, Pedrinho Yanomami, Joselino Yanomami, Nilson Wakari Yanomami, Júnior Wakari Yanomami
Sinopse (texto da Netflix): Documentário e ficção se entrelaçam neste filme que retrata o cotidiano da tribo indígena Yanomami e a luta de seus integrantes para preservá-la.


Filme: Fronteira em combustão
Gênero: Policial
Ano: 2016
Duração: 20 min.
Classificação indicativa: 12 anos (violência e linguagem imprópria)
Direção: Thiago Briglia
Elenco: Anderson Souza, Bebeco Pujucan, Gustavo Brenner, Silvana Lins
Sinopse: Gilberto está desempregado e sem dinheiro. Pai de família, precisa sustentar o filho e a mulher. Para isso, ele decide aceitar a proposta de trabalho feita por um vizinho contrabandista. O serviço é pegar gasolina na Venezuela e trazer para o Brasil, clandestinamente.
Por que ver: Uma boa história policial rodada na fronteira com a Venezuela. O curta se inspira nos filmes do gênero, trazendo um herói dividido entre o crime e a família. Ação e drama são as principais qualidades desta produção que pode ser descrita como um verdadeiro thriller brasileiro.


Filme: Provocações
Gênero: Documentário
Ano: 2017
Duração: 10 min.
Classificação indicativa: Livre
Direção: Jaider Esbell
Sinopse: O artivista Macuxi Jaider Eisbell protagoniza reflexões sobre urgências ecológicas e sobre os desafios dos artistas e dos povos indígenas no mundo contemporâneo. Critica o acúmulo de capital, a indústria cultural e as lógicas de consumo contemporâneas - de produtos de arte até os que geram lixo.
Por que ver: Apresenta os elementos fundamentais da obra do artista multimídia e curador nascido em Roraima, que faleceu em 2021. Parte da cosmovisão do seu povo e das noções de identidade para discutir ancestralidade, arte, espiritualidade, memória, história, política e ecologia. Jaider conquistou prêmios e reconhecimentos no Brasil e no mundo, colocando o seu nome e a arte indígena em destaque no mapa da arte contemporânea brasileira.

Filme: Kanau'kyba
Gênero: Animação
Ano: 2021
Duração: 11 min.
Classificação indicativa: Livre
Direção: Gustavo Caboco e Pedra do Bendegó
Sinopse: A narrativa da Pedra do Bendegó, como já aponta o título da obra, que significa "caminhos das pedras" na língua Wapichana, é o ponto de partida para tratar da história e, em especial, da sobrevivência da cultura dos povos originários. O recado final deixado pelo autor é claro: não apagarão a nossa memória.
Por que ver: O contraste plástico entre os tons vermelhos de fundo e os traços brancos contribui para esta narrativa visual, embalada por uma paisagem sonora que se destaca. Belíssima e densa animação exibida na 34ª Bienal de São Paulo. O filme caminha em conjunto com Recado do Bendegó, também disponível na Itaú Cultural Play.

Filme: Recado do Bendengó
Gênero: Documentário
Ano: 2020
Duração: 11 min.
Classificação indicativa: Livre
Direção: Gustavo Caboco e Pedra do Bendegó
Sinopse: Em 2018 um incêndio de grandes proporções destrói o Museu Nacional do Rio de Janeiro, mas o meteorito do Bendegó, encontrado na Bahia em 1784, resiste. Mesmo no meio das cinzas, a pedra reluz.
Por que ver: A partir de diálogos com a Pedra do Bendegó constrói-se uma colcha de imagens que parecem ser bordadas por animações. O meteorito, que percorre o território e a história do Brasil, faz um paralelo à memória e à resiliência dos indígenas. Exibido na 34ª Bienal de São Paulo, em conjunto com o filme Kanau'kyba, também disponível na Itaú Cultural Play.

Obs.: nascido em Curitiba, Gustavo Caboco é Wapichana. Sua mãe nasceu em Canauanim, em Roraima.

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