Depois de, por séculos, se verem
retratados em narrativas de terceiros, eles resolveram escrever a própria história.
Sem abandonar a tradição oral, apropriaram-se da escrita. Hoje, é possível
falar em literatura indígena. Em Roraima, temos alguns bons exemplos desse fenômeno.
Jaider Esbell
Jaider Esbell ilustrou o livro Uhiri (2017), de Devair Fiorotti |
É autor dos livros: Terreiro de Makunaima – mitos , lendas e estórias em vivências (2012) e Tardes de Agosto, Manhãs de Setembro, Noites de
Outubro (2013).
O livro ‘Terreiro de Makunaima’ foi publicado por meio do edital Bolsa
Funarte de Criação Literária 2010. Além disso, Jaider
Esbell teve projeto aprovado na Lei Rouanet.
Cristino Wapichana
O escritor mais premiado da
história de Roraima é da etnia wapichana. Nascido em Boa Vista, Cristino Wapichana é autor das obras infantojuvenis: A Onça e o Fogo (2009, Manole), Sapatos
Trocados (2014, Paulinas), A Oncinha Lili (2014, Edebe) e A Boca da Noite
(2016, Zit). Atualmente, mora em São Paulo.
No currículo, acumula o terceiro
lugar no Prêmio Jabuti e a comenda de melhor livro para crianças, da Fundação
Nacional do Livro Infantil e Juvenil (FNLIJ), ambos pela obra A Boca da Noite.
A
versão em sueco deste mesmo livro foi ainda recentemente segundo lugar no prêmio
Peter Pan, concedido a obras estrangeiras pelo IBBY (Conselho Internacional
sobre Livros para Jovens), da Suécia.
Kamuu Dan
Elizabeth Serra (Sec. Geral FNLIJ), Kamuu Dan e Daniel Munduruku. Fonte: FNLIJ |
Natural de Boa Vista, da etnia
wapichana, Kamuu Dan, venceu o 14º Concurso FNLIJ/UKA Tamoios de Textos de
Escritores Indígenas, com o conto ‘O sopro da Vida’ e foi segundo colocado na 12ª
edição do mesmo prêmio, com a história ‘A árvore dos sonhos’, além de ter o conto
‘Cu Ehntoopuc’ selecionado para publicação na antologia Terra Suspensa: Novo Imaginário
do Planalto Central do Brasil, da Editora Nautilus e do site literário Além da
Fogueira. Atualmente, Kamuu Dan mora em Brasília.
Leia também:
Nenhum comentário:
Postar um comentário